10 setembro 2011

Você pode sentir? Sinta.

Você já não mora mais na mesma casa, já não passa mais tardes desocupadas comigo, já não tem mais tanto tempo para conversar.

Sua vida tomou outro rumo. A minha também, eu te contei? Meu dia a dia não é mais o mesmo. Minhas opiniões, meus objetivos e minhas prioridades mudaram – a pessoa que você conhecia mudou.

Mas eu não abandonei o milk- shake de ovomaltine, ainda vivo gripada, ainda dou exemplos malucos para a realidade e ainda levo comigo o que aprendi com você há tanto tempo.

Passaram-se semanas e meses, anos talvez, mas sei como contar a parte da sua história que eu conheci, detalhe por detalhe, de memória até. Você se impressionaria, acredite.

Vez em quando lembro das viagens que fizemos, das conversas que tivemos, do tempo que compartilhamos o mesmo caminho, que você ouviu meus problemas, que eu te dei meu ombro pra chorar.

Vez em quando ouço músicas que me lembram você e nós.

Dá saudade, e que saudade!

Onde você está agora? Conte-me seus novos sonhos, conte-me da sua família, o que mudou desde então?

Aquele apelido? Você ainda pode me chamar assim, não perca a liberdade que tinha.
Permita-me interessar por sua nova vida, se interesse pela minha também.

Eu te conto, mas antes, pare por um segundo, olhe nos meus olhos: o que você vê?

Não, não diga nada agora.

Sinta a falta que sinto de você, sinta meus olhos felizes por te ver, sinta no ar a vontade que tenho de te ter ao meu lado como antes, mesmo tudo sendo diferente agora, você pode sentir?

Vem aqui, me dá um abraço. Sentir é melhor do que falar e ouvir.

Sinta, eu não me tornei uma estranha.

Linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...