O corpo denuncia a intenção.
Ele cruza os braços, rói as unhas, batuca na mesa da sala de espera, se enrola todo ao tentar arranjar desculpas.
É uma essência incontrolável, involuntária e transparente.
Quando você vê, já foi e já viram.
Palavras iguais podem ter significados diferentes em contextos diferentes.
Ações iguais são sempre iguais, independente do contexto.
O corpo age com uma destreza inquestionável.
Deixa escapar palavras, gestos, olhares, movimentos e responde sempre da mesma maneira diante do susto, medo, surpresa, nervosismo.
Ele age primeiro e pensa depois.
Perde o controle, o senso, perde-se em si mesmo.
Nessa hora, a intenção ganha corpo.