20 junho 2008

Relembrar

Hoje é o dia do ano que não tem comemoração.

Não tem brigadeiro, não tem barulho, não tem presença.
Hoje é dia de lembrar dos machucados bonitos que a gente ganhava descendo ladeira com carrinho de rolemã, do futebol na rua, das balas de coco que a gente roubava da geladeira quando sua mãe saía, das porcarias que comprávamos sempre na mesma doceria, de can-can, mega drive e mandiopan.
Faz tanto tempo, né?
Hoje não tem mais família reunida, não tem bolinha de gude, corrida de tatu, pipa na rua e mamonas assassinas.
Não tem mais autorama, nem lutinha, nem patins, nem banco imobiliário.
Hoje não tem abraço.
Mais um ano se passou, as velas no bolo não param de aumentar e uma parte de nós se perdeu com essa distância.
A outra parte?
Eu levo sempre comigo, porque você foi minha infância, meus fins de semana, meu melhor amigo.
E eu nunca me esqueço de você.

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