06 agosto 2008

Sumo aos Poucos

Não por querer, mas porque a água não é mais fresca e a pupila não tem mais vida.

As prioridades mudam.

O telefone para de tocar.
As mensagens param de chegar.
A rotina desanda.
A necessidade clama.

Não existem explicações nem justificativas.
A culpa não é minha e a culpa não é sua.

Às vezes, quando o silêncio é melhor que palavras, é preciso calar-se.
Calando-me, sumo aos poucos.

Não por querer, mas porque a gente sempre sabe quando um show acaba.
Mesmo que não haja aplausos.

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