Basta ser justificável para que a chuva não atrapalhe o compromisso, para que a preguiça não seja desculpa e o cansaço não limite o desejo.
Ter conhecimento do próprio limite é saber aguentar um, dois, três socos bem dados enquanto o esforço valer a dor.
Quando ele passa da validade, o valor se perde. Afinal, com esforço em vão não se brinca e não se ganha.
Perde-se a si mesmo quando a vontade morre.
O desgaste entra pela porta da frente, acomoda-se no sofá da sala, põe os pés sobre a mesa. É quando o brilho se esvai, o caminho passa a ser longo demais, a fruta apodrece, o sabor some, o colorido vira preto, branco e cinza.
O ar falta.
Uma hora, o ar sempre falta.
A partir daí, o grande ponto da questão é se você vai ou não encontrar outra maneira de respirar.
Para isso, basta ser justificável.
Uma hora, o ar sempre falta.
A partir daí, o grande ponto da questão é se você vai ou não encontrar outra maneira de respirar.
Para isso, basta ser justificável.