Os primeiros raios de Sol invadiram o quarto e o céu revelava um azul diferente.
Não havia nuvens, não fazia frio, não havia vento. Ainda assim, ela notou um azul diferente.
Naquela manhã de outubro, deitou-se ao Sol sentindo o calor percorrer seu rosto e lhe secar as lágrimas.
Piscou os olhos ainda um pouco inchados, esperando que a cura viesse por si só, mas nada aconteceu.
Não sabia descrever ao certo o clima que permanecia no ar.
Fraqueza, descrença, tristeza.
O peso que agora havia sobre seus ombros começara a incomodar e ela sabia que preferir não pensar sobre o assunto não resolveria.
Pediu forças para que não fizesse do caso um grande caso, para que não se deixasse abater por opiniões alheias e conseguisse, de fato, acreditar no que desejava acreditar.
Desta vez, era preciso ser forte como nunca havia sido antes. Ela sabia que, por mais que caminhassem ao seu lado, teria de caminhar sozinha e encarar esta nova jornada como uma oportunidade de aprendizado, superação, vitória.
A partir daquela manhã, ela teria que saber sentir-se um tanto bem maior.